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domingo, 5 de julho de 2020

Como podemos melhorar o mundo?

Foto de setembro de 2003, tirada pelo meu irmão André Carvalho
É possível que o mundo em que a gente vive seja um lugar melhor?

Pode ser que, diante de tudo o que vemos acontecendo, a gente fique um pouco descrente de que as coisas podem mudar, e talvez a gente nem veja como elas podem mudar. Não sei vocês, mas eu mesma me sinto assim às vezes. Há dias em que me sinto bastante estimulada e outros em que vejo que há tanta coisa para mudar e melhorar que me pergunto por onde começar e me sinto até um pouco impotente. Mas o fato é que cansei de ficar desanimada e cansei de desistir.

Por onde então começar? Qual seria o primeiro passo e que caminho seguir?

No momento em que escrevo este texto, acabei de assistir no YouTube a um vídeo emocionante do Professor Pedro Calabrez, que me atraiu não só por eu gostar do conteúdo que o Pedro produz, mas também pelo título: "A Maior Lição de Buda e Jesus (Segundo a Ciência)". O vídeo me trouxe uma resposta de qual deve ser o nosso guia para realizar essa mudança que tanto desejamos para o mundo. 

De acordo com o vídeo, a maior lição do budismo é fazer o bem a todos os seres (e isso inclui humanos, não humanos e o planeta como um todo). A maior lição do cristianismo é que a gente ame ao próximo como Jesus nos amou. É ajudar o outro sem esperar nada em troca. Para o cristianismo, a vida que vale a pena ser vivida é aquela na qual você se entrega ao outro, faz bem ao outro sem pedir nada em troca. A vida boa é a vida em que a sua existência melhora a existência do outro.

Você concorda que, para as duas, a base é o amor? Ao fazermos o bem, o sentimento em questão é o amor. E a ciência também já comprovou que fazer o bem, ser altruísta, torna nossas vidas mais felizes e nos deixa mais saudáveis, como o Pedro Calabrez publicou aqui, para quem quiser ver as referências. 

Mas o que isso tem a ver com a pergunta que fiz lá em cima? Bem, se a melhor vida a ser vivida para todos é a vida cuja base deve ser o amor, acho que fica mais fácil a gente ter umas pistas do que seria um mundo melhor se ele fosse apenas baseado no amor.

Um mundo com amor tem brigas? Tem discórdia? Tem roubo? Tem disputa pra ver quem é o melhor profissional, ou quem tem o melhor celular, ou o melhor carro, ou a melhor casa? Pra saber quem ganha mais dinheiro, quem é mais bem-sucedido, quem se destaca mais na carreira, quem tem a maior quantidade de sapatos, de bolsas, de batons? Não, né?

Em um mundo com amor, esse tipo de competição não faz sentido. Aliás, a competição em si não faz sentido. O que importa é a colaboração, o trabalho em equipe. Só seremos melhores juntos E se todos formos melhores. O que eu tenho de melhor ou a mais, eu compartilho com você, e o que você tem de melhor ou a mais, você compartilha comigo. Conhecimento, por exemplo.

No mundo de amor, há paz. Se há paz, não há brigas, discussões. Todos estão concentrados em ter uma vida boa, mas também em que o outro tenha uma vida boa, pois, como escrevi ali em cima, a nossa existência melhora a vida do outro. Então, eu quero que você também esteja bem. Não quero, por exemplo, que você esteja comendo mal, ou com fome, com frio, doente, sem acesso aos cuidados com a saúde, sem acesso à água potável, saneamento, passando por dificuldades financeiras, morando na rua, ou em uma casa que esteja desmoronando, sem acesso à educação, cultura e ao conhecimento.




Nesse mundo, portanto, todos têm acesso a uma vida digna, uma vida sem escassez. Aliás, esses direitos estão na Constituição Federal do Brasil, artigo 6º: "São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição".


Mas sabemos muito bem só de ligar a TV ou ler o jornal que esses direitos não são assegurados. E, se eles não são assegurados, esta deve ser nossa meta: que eles sejam. Este é o caminho a seguir, o caminho da busca por igualdade no acesso aos direitos sociais.

Penso que o primeiro passo é termos consciência de que é este o caminho. Isso já dá um norte. E, a partir daí, podemos ir construindo planos e realizando ações para percorrermos esse caminho juntos. Pois só juntos faremos essa mudança. Cada um fazendo as suas pequenas mudanças cotidianas nas suas vidas e todos juntos fazendo aquelas mudanças maiores em prol do coletivo.


Que tipo de mudança você acha importante acontecer e quer ver no mundo? Que mudanças já realiza no seu dia a dia e gostaria de compartilhar para outras pessoas também realizarem nas suas vidas? Vamos juntos?

No próximo texto, vou escrever sobre quais seriam algumas ações iniciais para a mudança começar a acontecer.