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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Um manifesto pelo bem-estar para uma sociedade próspera

Preâmbulo
Os brasileiros vivem mais e são três vezes mais ricos que seus pais e avós eram 50 anos atrás, mas não são mais felizes. Apesar da evidência de um declínio no bem-estar nacional, os governos continuam a colocar os interesses econômicos em primeiro lugar. A obsessão pelo crescimento econômico significa que outras coisas que poderiam melhorar nosso bem-estar são sacrificadas.
Há uma preocupação generalizada da comunidade de que os valores do mercado — individualismo, egoísmo, materialismo, competição — estão expulsando os valores mais desejáveis de confiança, equilíbrio, respeito mútuo e generosidade. Muitas pessoas se sentem alienadas do processo político. Os principais partidos parecem muito iguais e pensam no progresso apenas em termos materiais.
O desafio do nosso tempo é construir uma nova política que esteja empenhada, sobretudo, em melhorar nosso bem-estar.
Bem-estar
Ao longo da história, estudiosos têm dito que a felicidade não é um objetivo, mas uma consequência de como vivemos, que ela surge de se contentar com o que se tem. Hoje, é vendida a nós uma mensagem diferente: de que seremos felizes somente se tivermos mais dinheiro e mais das coisas que o dinheiro compra. A experiência humana e a pesquisa científica não apoiam essa crença.
Nosso bem-estar é moldado por nossos genes, nossa criação, nossas circunstâncias e escolhas pessoais e pelas condições sociais em que vivemos. Nosso bem-estar coletivo é melhorado se vivemos em uma sociedade pacífica, próspera e que nos apoie. Sendo assim, a promoção do bem-estar deve ser uma tarefa pública e pessoal.
Muitas vezes, pensamos no bem-estar como felicidade, mas ele é muito mais do que isso. Ter bem-estar é ter significado nas nossas vidas, desenvolver-se como pessoa e sentir que nossas vidas são gratificantes e valem a pena.
O bem-estar provém de se ter uma rede de relacionamentos e interesses. Família e amigos, trabalho, atividades de lazer e crenças espirituais podem aumentar nosso bem-estar. A intimidade, o sentido de pertencimento e o apoio oferecidos por relações pessoais íntimas são de grande valor. Claro que não há dúvida de que a pobreza continua sendo um problema sério no Brasil e muitos brasileiros ainda não tem um padrão de vida razoável proporcionado por se ter uma casa, um carro, saúde, alimentação e educação de qualidade. Mas já foi comprovado por diversas pesquisas que confortos materiais são essenciais até certo ponto. Ou seja, muito mais dinheiro, após satisfazer essas necessidades básicas, adicionaria pouco ao bem-estar das pessoas.
O que os governos podem fazer?
Os governos não podem legislar para nos fazer felizes, mas muitas coisas que eles fazem afetam nosso bem-estar. Leis podem danificar ou melhorar a qualidade de nossas vidas de trabalho; políticas governamentais podem proteger o meio ambiente ou violá-lo; a educação de nossos filhos depende da qualidade das escolas; políticas fiscais podem fazer a diferença entre uma sociedade justa e injusta; e a coesão das nossas comunidades é afetada pelo planejamento da cidade e por planos de transporte.
Esse manifesto propõe nove áreas em que um governo poderia e deveria promulgar políticas para melhorar o bem-estar nacional.
1.     Proporcionar trabalho gratificante
Um trabalho gratificante é vital para o nosso bem-estar. Empregos inseguros, estressantes e insatisfatórios diminuem nosso bem-estar. Um trabalho de alta qualidade pode nos proporcionar um propósito, desafios e oportunidades. Através dele, podemos desenvolver nossas capacidades, começar a perceber nosso potencial e atender a muitas de nossas necessidades sociais. Em suma, o trabalho gratificante é essencial se quisermos prosperar. Locais de trabalho que oferecem empregos seguros e recompensadores devem ser incentivados. A flexibilidade no local de trabalho, incluindo empregos de qualidade de meio período, deve funcionar com base nos interesses dos trabalhadores e dos empregadores.
O desemprego é mais prejudicial do que simplesmente a perda da renda, e menosprezar uma pessoa desempregada só serve para aumentar sua ansiedade e seu sentimento de exclusão. Buscar o emprego pleno é essencial para uma economia de bem-estar, assim como é assegurar padrões mínimos decentes no local de trabalho.
O trabalho satisfatório pode ser encontrado dentro e fora de casa. Trabalhar em casa e nas comunidades é essencial para a saúde social, mas é algo ignorado porque está fora da economia oficial. Os governos deveriam valorizar esse trabalho, e os empregadores precisam se adaptar às realidades da vida familiar. A licença-maternidade, licença-paternidade, licença fornecida ao cuidador e a licença-saúde não devem ser considerados custos, mas sim essenciais para o nosso bem-estar.
2.     Resgatar o nosso tempo
Os brasileiros trabalham muitas horas. Nós sistematicamente superestimamos a quantidade de bem-estar associado a altos rendimentos financeiros e a longas horas de trabalho. Como resultado, nossas famílias, nossa saúde e nosso sentimento de conquista sofrem.
Se o Brasil deseja prosperar de verdade, nossas vidas profissionais devem contribuir para o nosso bem-estar e o de nossas famílias, e não sugá-los. Passar mais tempo com nossas famílias, amigos e comunidades tornaria a maioria de nós mais feliz, e nossos locais de trabalho devem ser reformulados para permitir que resgatemos o nosso tempo.
Para florescer como uma nação, não apenas como uma economia, precisamos limitar as horas de trabalho através da redução da semana de trabalho máxima para 35 horas inicialmente e mais depois disso. Outros países desenvolvidos reduziram as horas de trabalho sem o caos muitas vezes previsto. Se tirássemos os ganhos de produtividade na forma de uma semana de trabalho mais curta, em vez de em salários mais elevados, poderíamos melhorar nossa qualidade de vida e criar novas oportunidades de trabalho, tudo sem qualquer redução da remuneração.
3.     Proteger o meio ambiente
Um ambiente natural saudável e diversificado é valioso por si só e também é essencial para o bem-estar humano. Sabemos que o bem-estar das gerações futuras será fortemente afetado se não conseguirmos combater definitivamente a perda da biodiversidade, a poluição e o desperdício. As alterações climáticas, em particular, representam uma ameaça grave e exigem do governo medidas imediatas e de longo alcance.
Podemos fazer muito mais do que fizemos até o momento. Devemos aumentar os impostos sobre as atividades ambientais prejudiciais, tais como a queima de combustíveis fósseis, e reduzir os impostos sobre as atividades socialmente benéficas, como o fornecimento de trabalho gratificante. Devemos tornar a geração de resíduos muito cara e recompensar as empresas e residências que reduzem seu consumo e reciclam materiais.
4.     Repensar a educação
Nossas escolas devem se dedicar a criar jovens capazes, confiantes e emocionalmente maduros preparados para enfrentar as vicissitudes da vida.
Ainda insistimos em tornar o ensino médio e as universidades mais orientadas para a vocação. Como resultado, os alunos aprendem menos sobre si mesmos e sobre as sociedades ao seu redor. Um maior enfoque no bem-estar físico, emocional e moral das crianças — em vez de em resultados de testes competitivos — produziria jovens mais felizes e mais saudáveis.
Devemos parar de transformar universidades em empresas que vendem diplomas e torná-las a visão crítica e a consciência da sociedade, lugares onde os estudantes floresçam como seres humanos e onde os acadêmicos sintam-se livres para questionar instituições poderosas, sem medo de vitimização.
5.     Investir na primeira infância
As crianças precisam de muita atenção individual em seus primeiros anos. A licença parental compartilhada deve ser ampliada para cobrir os dois primeiros anos de vida de uma criança. Os pais também precisam de apoio para que possam fazer o melhor trabalho para seus filhos. A adolescência também é um momento importante. Os pais precisam participar ativamente de toda a jornada de desenvolvimento.
6.     Desencorajar o materialismo e promover uma publicidade responsável
Comprar uma determinada marca de margarina não pode nos dar uma família feliz, e possuir um carro com tração nas quatro rodas não nos livrará de vidas monótonas. Mas os anunciantes procuram nos convencer do contrário. A publicidade nos torna mais materialistas, apesar de sabermos que as pessoas que são mais materialistas são geralmente mais egocêntricas, menos voltadas para a comunidade e menos felizes. O materialismo também é ruim para o meio ambiente.
Os marketeiros sequestraram os meios de comunicação e a maioria dos nossos eventos culturais, e é impossível escapar de sua influência diária. Precisamos de zonas comercialmente livres em nossas cidades e de limites para a construção de complexos de compras, como shopping centers. E os governos deveriam usar políticas fiscais e de aposentadoria para ajudar as pessoas que querem mudar para estilos de vida menos materialistas.
Os anunciantes se aproveitam especialmente das crianças, porque sabem que elas não têm a capacidade de distinguir entre fatos e a ficção publicitária. Como acontece na Suécia, a publicidade dirigida a crianças com menos de 12 anos deveria ser proibida, e os códigos de conduta para a publicidade deveriam ter consequência legal para que o marketing irresponsável e enganoso seja proibido.
7.     Construir comunidades e relacionamentos
Uma sociedade próspera é caracterizada por comunidades vibrantes, resilientes e sustentáveis. A solidão e o isolamento causam muita infelicidade, especialmente entre pais solteiros, pessoas desempregadas, idosos que vivem sozinhos e pessoas com deficiência e seus cuidadores.
Em vez de criticar os pais solteiros que fazem o melhor que podem, deveríamos apoiá-los. Em vez de julgar as pessoas por sua sexualidade, deveríamos encorajar todos os relacionamentos amorosos e solidários. E precisamos ajudar as pessoas a desenvolver as habilidades para construir relacionamentos familiares mais fortes.
Todos nós dependemos do cuidado de outras pessoas em algum momento de nossas vidas. Os cuidados são prestados por pais, filhos, amigos e outras pessoas. Precisamos valorizar mais todos os cuidadores. Os governos e empregadores deveriam fazer muito mais para apoiar pessoas que trabalham como cuidadores.
Os governos também deveriam apoiar a participação em organizações comunitárias, especialmente entre os grupos marginalizados. Os voluntários contribuem enormemente para nosso bem-estar e precisam ser reconhecidos e recompensados.
8.    Uma sociedade mais justa
Uma gestão econômica forte será sempre necessária, mas, em vez de um foco estreito no crescimento do PIB, os objetivos deveriam incluir a construção de infraestruturas públicas e a redução das desigualdades sociais e regionais. O agravamento das disparidades na renda e no acesso aos serviços cria ressentimento e desarmonia.
Em vez de culpar as vítimas, uma sociedade de bem-estar reconheceria que algumas pessoas são deixadas para trás pelo mercado. Um sistema mais justo de tributação e gastos governamentais — incluindo melhores serviços públicos e apoio à renda para aqueles menos capazes de competir no mercado — aumentaria o bem-estar social.
9.     Medir o que importa
O crescimento econômico é tratado como a panaceia para nossos males. Mas, para sociedades abastadas, o crescimento do PIB demonstrou não ter quase nenhuma conexão com melhorias no bem-estar nacional. Incêndios florestais, acidentes de carro e ondas de crime aumentam o PIB, mas são coisas que não nos deixam em uma situação melhor. O PIB não leva em conta como aumentos na renda são distribuídos ou o prejuízo para o ambiente natural que a atividade econômica pode causar.
Precisamos de um conjunto de medidas de prestação de contas nacionais de bem-estar para que possamos monitorar nosso progresso. Elas devem apresentar um relatório sobre a qualidade do trabalho, o estado de nossas comunidades, as taxas de criminalidade, nossa saúde, a força de nossos relacionamentos e o estado do meio ambiente. Os governos deveriam ser julgados por quanto o nosso bem-estar melhora, e não por quanto a economia se expande.
Rumo a uma sociedade próspera
A questão para o Brasil no século 21 não é simplesmente expandir a economia. Mas também, e talvez principalmente, como podemos usar nosso novo padrão de vida para construir uma sociedade próspera dedicada a melhorar nosso bem-estar.
Muitos brasileiros estão preocupados com o declínio dos padrões morais. Nossa preocupação é que nos tornamos muito egoístas, materialistas e superficiais e ansiamos por uma sociedade baseada no respeito mútuo, equilíbrio e generosidade de espírito.
As alterações propostas no presente manifesto inspirariam comunidades mais saudáveis, relacionamentos pessoais mais fortes, locais de trabalho mais felizes, um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, menos comercialização e maior proteção ambiental.
Uma sociedade próspera não é uma esperança sem fundamento. A democracia brasileira oferece às pessoas a oportunidade de se livrarem do seu cinismo e de se comprometerem a criar um futuro melhor.

Traduzido e adaptado por Ana Paula Carvalho Viegas com base no original do The Australia Institute, encontrado em www.wellbeingmanifesto.net (site em inglês). Apesar das diferenças entre as realidades da Austrália e do Brasil, o manifesto australiano é altamente relevante para nós brasileiros.
Alguns materiais consultados para obter algumas estatísticas: Brasil em Desenvolvimento 2014, Relatório de Desenvolvimento Humano do Brasil de 2009/2010.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Projeto Fruto Urbano de Bauru e Caminho do Bem de Duartina já plantaram 110 árvores em praça de Duartina

Daqui uns anos veremos muito mais árvores aqui!


Dando continuidade ao 1.º plantio realizado na manhã do dia 19 de julho, os Projetos Fruto Urbano de Bauru e Caminho do Bem de Duartina fizeram no dia 27 de setembro mais um plantio de árvores na praça localizada na Vila Duartina, com saída para Lucianópolis, totalizando agora 110 árvores plantadas pelos voluntários. Foi uma manhã de domingo especial, em que vários cidadãos engajados e preocupados com o futuro do planeta se reuniram para um bem comum.





 

 


O plantio contou com o apoio e a participação de vários voluntários de Duartina e Bauru, além da Prefeitura Municipal de Duartina, do Instituto Soma de Bauru e do Rotary Club de Duartina. Os plantadores, além da vontade de transformar a praça em um futuro bosque, repleto de sombra e frutas para as pessoas e para os pássaros, também levaram para o plantio café da manhã, ferramentas e garrafas de água necessárias para a realização do plantio.
Para saber quando será o próximo plantio, curta a página do Fruto Urbano no Facebook e lá você saberá de tudo, além de ver mais fotos dos plantios, conhecer melhor a iniciativa e até virar voluntário do projeto. Entre em contato também, se quiser plantar uma árvore na sua calçada ou tiver alguma sugestão de lugar para plantio em Duartina.
Mais fotos aqui.



O Fruto Urbano

Fundado no início de 2014 em Bauru, o projeto tem como objetivo principal incentivar e facilitar o plantio de árvores frutíferas pelas cidades, reduzindo assim o calor para as pessoas com mais sombras, proporcionando melhor qualidade de vida no espaço urbano coletivo, ampliando a oferta de frutas regionais e colaborando para o desenvolvimento de um meio ambiente que favoreça o aumento de espécies de aves no contexto urbano. "Queremos inspirar indivíduos e grupos de pessoas a plantarem árvores em suas cidades. Temos um longo trabalho pela frente, um país inteiro para reflorestar e centenas de cidades para arborizar, mas o importante é que já começamos", comemora Miguel Axcar, um dos fundadores do projeto.
www.facebook.com/frutourbano

O Caminho do Bem

Criado em janeiro de 2015, o Caminho do Bem é uma iniciativa cujo objetivo é desenvolver e divulgar ações e conteúdos voltados para a preservação do meio ambiente que informem e empoderem as pessoas para que possam viver uma vida mais integrada e sustentável local e globalmente. “Realmente acredito que o mundo pode ser um lugar melhor para se viver e que com informação as pessoas têm poder. É esse o objetivo maior do Caminho do Bem: informar”, afirma Ana Paula Carvalho Viegas, idealizadora do projeto.
www.facebook.com/caminhodobemS2

Prestação de contas

Para realizarmos esses 2 plantios, contamos com doações de vários apoiadores do projeto, totalizando R$ 191,00. Vejam abaixo os gastos que tivemos. A diferença que ficou faltando foi bancada pelos organizadores dos plantios. Sempre precisamos de apoio financeiro principalmente para providenciar as mudas, que em geral precisam ser compradas.

Mudas compradas para o 1.º plantio
Mudas compradas para o 2.º plantio
 
Pães para o café da manhã
Café da manhã


segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Filme Expresso do Amanhã


Hoje à tarde fui ao cinema assistir com o Leo e um casal de amigos o filme "Expresso do Amanhã" (Snowpiercer). Queríamos ir ao cinema à tarde e, dos filmes que estão passando em Bauru, esse foi o que mais me interessou dentre todos, e chamou a minha atenção por abordar o tema da mudança climática. Sugeri, todos toparam, então fomos.

O filme se passa em 2031 dentro de um trem. Em 2014, devido ao aquecimento global, os governos de diversos países decidiram dispersar por toda a Terra uma substância química chamada CW7 para diminuir a temperatura, mas o efeito foi o congelamento de todo o planeta. Um visionário chamado Wilford "previu" isso e, antes da catástrofe, construiu uma locomotiva gigante, poderosa e impenetrável e lá dentro ficaram vivendo os últimos sobreviventes do planeta. Wilford é o cara que comanda o trem e o mantém funcionando, tanto andando sem parar pelos trilhos que percorrem várias partes do planeta, como mantendo a população do trem viva, com suprimentos e água. Mas, como acontece hoje, há os que vivem bem dentro do trem, comendo do bom e do melhor, com acesso à diversão (os que vivem nos vagões da frente), e os que vivem muito mal nos vagões do fundo, há 17 anos comendo uma "barra de proteína" fornecida pelos que estão acima, sem tomar banho e dormindo praticamente amontoados. Acho que já dá pra imaginar o que acontece... O pessoal do fundo se cansa de viver desse jeito e começa a ir pra frente do trem, pra tentar assumir o controle do trem e mudar a situação. Mas é claro que há muito mais por trás dessa história...


Eu gostei bastante do filme, pois achei que ele abordou um tema que é muito importante (mudança climática) e, apesar de muitas pessoas acharem uma história meio irreal e forçada (pelo que li por aí é meio que um filme do tipo amei ou odiei), eu o entendi como uma metáfora do planeta Terra e da humanidade. Durante o filme, alguns personagens realmente falaram coisas muito importantes como o controle populacional não só dos humanos, mas também de outras espécies, e de como o equilíbrio é importante para a continuidade da vida do planeta. (E, além do clima, o filme também aborda claramente a questão da desigualdade social.)


Eu tenho assistido a vários documentários sobre a mudança climática e sobre como a Terra está com uma população muito acima do que ela pode sustentar com seus recursos naturais, então o filme fez total sentido pra mim, e o achei essencial.



Mas senti ao sair do cinema que as pessoas não compraram a história e fiquei pensando no porquê disso. Talvez as pessoas realmente não acreditem que a questão climática é digna de tanta preocupação e que o filme é muito alarmista, como vários outros desse tipo. Ou talvez não consigam abstrair a mensagem que há por trás da ficção. Porque, realmente, se você for pensar que um trem está andando sem parar há 18 anos pelo gelo congelante, os trilhos continuam perfeitos, o trem não dá defeito, a população rica do trem come carne, mas onde está o gado?, você vai dizer "que mentira esse filme!". Mas, na minha humilde opinião, e foi como eu assisti, temos que ver que isso é um filme, a licença poética tem que ser considerada, e temos que abstrair a mensagem por trás da história.


Portanto, se você decidir ir assistir a esse filme, antes de assisti-lo, abra sua mente e seu coração, e esteja aberto para ver a mensagem do filme, e não só o que está encancarado. Esteja preparado para umas cenas bem violentas também, que, de novo, na minha opinião, cabiam, e aproveite as atuações excelentes dos atores, a fotografia do filme e o cenário de filmagem bem diferente do que estamos habituados, afinal a história toda se passa em vagões de trens.


Mais resenhas de gente que gostou do filme:

Por que Expresso do Amanhã merece sua atenção

Resenha

Expresso do Amanhã mostra a necessidade de uma cota para filmes incríveis!

Crítica | Expresso do Amanhã (Snowpiercer, 2013)

Expresso do Amanhã – Uma grata surpresa de médio orçamento


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Impossível adicionar memória ao notebook Dell. Dell nunca mais!

Tenho um notebook Latitude E6510 e ele está muito lento, com alguns programas travando durante o uso devido à falta de memória.

Comprei mais memória e, após instalar, o notebook não as reconhece. Falei com a loja de onde comprei e disseram que as memórias compradas em lojas não funcionam com os notebooks Dell, apenas memórias compradas com a própria Dell. Tive que devolver as que comprei e a solução foi ligar para a Dell para comprar direto deles.

Liguei para a Dell no dia 24 de agosto para fazer a compra. Disseram que não tinham memória. Perguntei com quem eu poderia comprar, já que nenhuma memória funciona e, só porque perguntei, me passaram o telefone do fornecedor deles, uma empresa chamada Hardlink que fica em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (cujo site é sofrível e o atendimento idem).
Mandei email pra essa empresa e não responderam. Alguns dias depois decidi ligar, o vendedor Henrique disse que me ligaria ou mandaria email na sequência para passar o preço da memória e nada. Uma semana depois liguei de novo, ele falou a mesma coisa e nada.

Hoje liguei de novo, falei com outro vendedor chamado Diogo e ele me diz que eles não têm memória. Quer dizer, os caras demoram 3 semanas pra me dizer uma coisa que já sabem. E nem explicam se haverá memória de novo, nem quando. E me dizem pra entrar em contato com a Dell. É um jogo de empurra-empurra.

Só acho que se a Dell nem seus fornecedores conseguem ter produto em estoque pra atender os clientes, deveriam permitir que o cliente comprasse a memória onde quiser e como quiser, já que eles são incapazes de atender o cliente quando o cliente mais precisa. Eles se preocupam em vender o produto. Depois o cliente que se vire. O pós-venda está se mostrando péssimo.
Eu era fã da Dell. Só tenho comprado notebook Dell faz 15 anos, mas depois dessa nunca mais. 
A gente quer ou uma empresa que nos atenda quando precisamos, ou um produto que seja compatível com outros produtos disponíveis no mercado. 
Se a Dell quer estabelecer um monopólio pra apenas ganhar dinheiro com tudo, deveria ao menos ser capaz de fazer isso e não deixar o consumidor na mão. 

DELL NUNCA MAIS!

Link para minha reclamação no Reclame Aqui.

Depois de passar 2 horas no Twitter tentando fazer com que o atendente da Dell entenda o problema, desisti. O cara me trata como uma pessoa burra que não sabe o que está dizendo. Parece que estou falando com uma porta. Acho que um robô seria mais útil. Segue a conversa toda por mensagem privada do Twitter:
Obrigado, Ana. Realmente estamos com estoque indisponível de memórias para comercialização, sem previsão de chegada de novas peças. Conforme documentação do modelo de equipamento, memórias DDR3, frequência 1067/1333 MHz, SoDIMM, são compatíveis com seu equipamento, que suporte até 8GB. Talvez essas informações possam ajudar você. ^Rômulo
Eu comprei memórias Kingston exatamente desse tipo e não funcionaram. Expliquei tudo isso na minha reclamação do Reclame Aqui. Vocês têm que arrumar uma maneira de atender o cliente e resolver o problema, afinal só memória da Dell funciona no notebook. Essa resposta de "sem previsão de chegada" é inaceitável.
Ana, você chegou a ver as memórias atuais de seu equipamento? ^Rômulo
sim
Ok, e possuíam alguma da marca Dell ou outro fabricante? Trata-se de um upgrade e não da resolução de um problema com as memórias atuais, certo? ^Rômulo
Ana, já li sua reclamação, porém não fabricamos memórias. Utilizando módulos de memória nas condições informadas anteriormente, não há restrições com relação à marca dos mesmos. ^Rômulo
HÁ RESTRIÇÕES. Instalei a memória no meu notebook e ela não funcionou. Instalei em outro de outra marca e ela funcionou. Se você não consegue me ajudar, sugiro que passe a questão para outra pessoa. Grata.
E comprei os módulos certos. Não me trate como burra e como alguém que não sabe o que está dizendo. Se não vai resolver o problema, por favor, fale logo. Assim, eu paro de perder meu tempo.
Ana, como te disse, não há restrições. Você pode tentar testar memórias de outros fabricantes (diferente do que você testou), pode também tentar utilizar duas memórias iguais, com as mesmas especificações, pois a diferença entre os módulos utilizados na máquina pode causar incompatibilidade. ^Rômulo
Ana, eu realmente lamento pela sua insatisfação, porém você já fez contato com o time de Vendas e com nossa loja parceira, que informaram sobre a indisponibilidade de peças. Estou passando orientações e fazendo o possível para te ajudar. ^Rômulo
Rômulo, parece que você não está se esforçando muito para me ajudar. Eu coloquei 2 pentes exatamente iguais e o notebook nem entra no Windows. Coloquei os mesmos 2 pentes iguais nas especificações que você falou em outro notebook de outra marca e funcionaram! Então, por favor, me passe nomes exatos de marcas de memórias que funcionem, porque até agora ninguém passou. Falei com os vendedores da Hardlink e me disseram que só memória da marca Dell funcionaria. Vocês precisam entrar em um acordo! Você fala que funciona, mas conversei com várias outras pessoas que me disseram que não funciona. E não funcionou. Portanto, chego à conclusão de que você não sabe o que está dizendo. Por favor, passe o atendimento para alguém que entenda desse problema. Ou me passe nomes de marcas que funcionem. Quero ter isso registrado. Vou comprar a marca que você sugerir pra ver se realmente vai funcionar. Grata
Suas orientações não estão sendo suficientes. Quero nomes de marcas que funcionem então. Simples assim.
Ana, como já disse, não há restrições de fabricantes e as demais informações sobre as memórias utilizadas em seu equipamento, conforme a documentação do modelo, já foram passadas. ^Rômulo
Não vou ficar comprando, testando e tendo todo o trabalho de devolver o produto e pedir estorno do produto pra loja x ou y. Já estou tendo que fazer isso, pois comprei 2 pentes que não funcionaram e tive que devolver.
A Kingston é uma marca que não funciona. Você pode me dizer um nome que funcione?
Ana, como eu disse anteriormente, não há restrições de fabricantes, inclusive da Kingston. Qualquer marca deve funcionar, não há uma específica. A loja pode te mostrar as memórias que tem disponíveis e você escolhe a marca que preferir. Na hora de testar, certifique-se de que as memórias estão bem encaixadas e de que os slots estão desobstruídos de poeira ou qualquer outra sujeira/objeto. ^Rômulo
Afe. Desisto de argumentar com você e tentar explicar a questão. Eu falo, falo e você parece não ouvir. Vou tentar resolver de outro jeito, já que a Dell não quer ser clara com o cliente. Era simples resolver meu problema. Era só ser direto e dizer os nomes de marcas que funcionam, mas vocês preferem irritar o cliente ao máximo e não ser claros. Muito decepcionada com a empresa após 15 anos comprando Dell.