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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Livro "Animais, nossos irmãos", de Eurípedes Kühl


Uma transição pela qual passei e estou passando neste ano é o veganismo. Isto é, deixei de consumir produtos de origem animal.

Após assistir aos filmes What the Health e Cowspiracy, vi que não fazia sentido para a minha vida e para os meus valores, continuar contribuindo para essa indústria que tanto prejudica o planeta, a nossa saúde e principalmente os animais, que, na minha opinião, são explorados como eram os escravos antigamente, o que é desnecessário, uma vez que temos acesso a muitos outros alimentos e realmente não precisamos de carne, ovos e laticínios para viver. É claro que não estou falando dos esquimós que vivem no pólo norte que não podem plantar alimentos e precisam se alimentar de carne para sobreviver. Mas acredito que, se temos acesso a outros alimentos, inclusive mais saudáveis, por que não alterar o estilo de vida? Fez sentido e está sendo possível para mim. Além disso, o modo como a indústria em geral trata os animais é de chorar. Eles não têm condição digna alguma desde o momento em que nascem até a sua morte. Se quiser ver com seus próprios olhos, há alguns vídeos aqui.

"O veganismo é uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais, seja para a alimentação, para o vestuário ou para qualquer outra finalidade. Dos veganos junk food aos veganos crudívoros – e todos mais entre eles – há uma versão do veganismo para todos os gostos. No entanto, uma coisa que todos nós temos em comum é uma dieta baseada em vegetais, livre de todos os alimentos de origem animal, como: carne, laticínios, ovos e mel, bem como produtos como o couro e qualquer produto testado em animais". Essa definição foi criada pela The Vegan Society, da Inglaterra, mais antiga entidade vegana do mundo, e copiada do site www.sejavegano.com.br, caso você queira acessar para saber mais sobre o assunto.

Desde então, eu tenho lido muito sobre o assunto e um dos livros que acabei de ler foi esse do título, que é um livro espírita (outra "transição" minha do ano, mas que falarei em um post futuro).

Para quem quer entender mais sobre a visão do espiritismo sobre os animais, há uns materiais pela internet e pretendo ir colocando aqui aos poucos. Por enquanto, capturei umas páginas que achei bem interessantes do livro e publico aqui. Recomendo a leitura desse livro a todos os veganos espíritas, aos espíritas, aos veganos ou se você quer apenas entender um pouco mais sobre os animais, a vida e nossa relação com eles.





domingo, 26 de novembro de 2017

Essa tal de Transição...


Mas o que é essa tal de transição?

Todos vivemos em transição em algum momento das nossas vidas. Ou uma transição de trabalho, uma mudança de cidade, de alimentação ou de estilo de vida. A transição pode ser interna ou externa.

Nosso planeta também passa por mudanças e acho que muita gente consegue perceber que algo está acontecendo. Chegamos em um ponto onde há muita falta de cooperação entre as pessoas, uma corrida louca pelo dinheiro, além das mudanças climáticas que vemos diariamente, seja em forma de chuva torrencial, tornados, calor excessivo etc. E às vezes nos pegamos sem saber o que fazer diante de tudo isso. Às vezes, parece que não há solução.

O movimento das Cidades em Transição, ou Transition Towns (sim, existe um movimento com esse nome!), oferece uma metodologia para que as próprias comunidades se fortaleçam e criem as soluções para seus principais entraves, sempre de olho na sustentabilidade. Esse movimento foi criado pelo inglês Rob Hopkins com o objetivo de transformar as cidades em modelos sustentáveis, menos dependentes do petróleo, mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas como ecológicas. Hoje, o movimento se faz presente em 14 países do mundo, com mais de 321 iniciativas oficiais de Transição (em cidades, bairros e até ilhas) e 227 iniciativas em formação.

A metodologia do movimento se fundamenta basicamente em seis princípios:
● Visão – Criação de visões positivas do futuro que podem mobilizar a comunidade;
● Inclusão – Desenvolvimento de diálogo com toda a comunidade;
● Tomada de consciência – Desenvolvimento de conhecimento a respeito das questões e particularidades da própria comunidade;
● Resiliência – Construção de comunidades resilientes, que estejam preparadas para enfrentar choques e mudanças;
● Envolvimento emocional e afetivo – Apoio às pessoas na superação do senso de impotência para a mudança e isolamento;
● Criação de soluções críveis e adequadas – Desenvolvimento de soluções que sejam factíveis e propostas pela própria comunidade.
O movimento acredita que não existe um modelo único de transição, e que as respostas para resolver os problemas do mundo residem na inteligência coletiva local pensando global. A ideia é que cada sociedade use a criatividade para fazer a mudança. Para as grandes cidades, uma alternativa é fazer a transição pelos bairros, fortalecendo o comércio regional.
Além de eu me enxergar fazendo parte desse movimento, vejo que há iniciativas no momento na minha cidade, Duartina, que também se enquadram nessa transição.
Quem estiver interessado em saber mais sobre essa transição e se preparar melhor para ela a fim de colocá-la em prática na vida e em sua comunidade, pode participar de um treinamento, realizado pela equipe do movimento no Brasil. Saiba mais aqui.

Fontes: aqui, aqui e aqui.

De "Soliloquiemos" para "Viver em Transição"

De uns tempos para cá, venho pensando muito em como estamos vivendo uma fase de transição, uma fase de mudanças para algo melhor.

Vejo muitas pessoas se mobilizando para fazer as coisas de modo diferente do que eram feitas algumas décadas atrás e eu mesma me enquadro nelas. Pessoas querendo fazer o bem e a diferença nesse planeta.

Depois de conhecer o movimento das cidades em transição (Transition Towns) alguns anos atrás, e começar a colocá-lo em prática meio que sem querer no meu dia a dia e na minha comunidade, decidi que era hora de começar a entrar de vez no movimento e começar a compartilhar coisas que considero úteis pra quem mais quiser se juntar.

Como eu já tinha esse blog que, vira e mexe, ficava abandonado, decidi mudá-lo de nome de "Soliloquiemos" (mesmo porque não quero mais falar sozinha) para "Viver em Transição", pois é assim que estou vivendo no momento: em transição.

Em agosto deste ano, parei de consumir produtos de origem animal, o que é também uma grande transição. Além disso, participo de vários projetos voluntários na minha cidade e vejo que há espaço para fazermos ainda mais. Quero mostrar isso para quem estiver interessado. Se você for uma dessas pessoas, mantenha-se ligado aqui!

No Facebook, criei uma página chamada "Viver em Transição", onde compartilharei o que vou postar entre outras coisas, e uma página chamada "Duartina em Transição", para compartilhar iniciativas e eventos de grupos e/ou pessoas de Duartina que estão reimaginando e recriando a cidade para essa fase de transição em que vivemos.

Curta essas páginas e vamos juntos viver em transição!

domingo, 26 de março de 2017

Por que a vida pode parecer uma droga?

Texto abaixo de Carla Tieppo


Depois do açúcar refinado, da farinha branca, do sal marinho, das drogas sintéticas, do melhoramento genético da Cannabis, dos videogames e das redes sociais, seu sistema dopaminérgico aprende a desconsiderar o prazer de uma boa fruta, de um dia de trabalho ou de uma caminhada.
Quando sua referência de experiência de alto valor agregado é um dia na Disney ou um jantar ultracalórico em algum Outback da vida, os dias comuns se tornam difíceis de viver.
E o mercado de consumo está agora mesmo preparando o lançamento de seu novo agente altamente estimulante que você fará questão de consumir. Lícito ou ilícito. Isso é o de menos.

O pior efeito das coisas viciantes é como elas depreciam o valor de uma vida simples.
Aí, quando o dia a dia se torna sufocante, há sempre uma nova droga para dar conta disso.
Nada contra suas experiências de alto valor dopaminérgico, mas considero fundamental que você saiba de onde vem esse tédio insuportável que você sente longe delas.