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segunda-feira, 5 de março de 2018

Por que me tornei vegana

Do site www.sejavegano.com.br

Muita gente me pergunta por que me tornei vegana. São diversos motivos e encontrei esse texto abaixo na internet que é uma resposta perfeita. O que me fez despertar e me tornar vegana foi o meio ambiente, após assistir ao documentário What the Health, quando descobri que, de acordo com um relatório da ONU de 29/11/2006, criar animais para o abate produz mais gases do efeito estufa do que as emissões de todo o setor de transportes e é a maior causa de destruição da floresta tropical, destruição de habitat, espécies em extinção, zonas oceânicas mortas e do alto consumo de água doce. Manter essa quantidade de gado para abate requer muitos recursos do planeta, como 50% dos grãos produzidos no mundo para alimentá-los, 45% das terras do planeta e 30% da água do mundo. Mas o que me mantém vegana, desde 9 de agosto de 2017, são os motivos abaixo.

Se você quer ser vegano ou entender melhor os motivos dos veganos e o que ser vegano proporciona à sua saúde e ao planeta como um todo, leia abaixo. Não é impossível. Você consegue, se realmente quiser fazer algo a respeito da sua saúde e da saúde do planeta, e se esforçar um pouquinho! Você pode ser a mudança! Seja a mudança!

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Como estão vivendo hoje, em nosso planeta, os animais, esses seres tão incrivelmente maravilhosos e admiráveis?

Subjulgados, escravizados, inferiorizados, desrespeitados e o que eu costumo dizer “coisificados". Sim, como se fossem objetos para a utilidade de nós, seres humanos.

Desde o homem primitivo, a associação animal/homem é conhecida. Certos animais começaram a ser vistos como algo útil para o ser humano. Essa associação não é de forma alguma algo a ser recriminada. Pelo contrário, é a capacidade dessa comunhão em harmonia que permite alcançarmos altos níveis evolutivos para todas as espécies. Desde que isso seja justo para todos de igual forma. Respeitando a natureza e liberdade de cada um.

Animais domésticos, de estimação ou de produção, animais silvestres, selvagens, marinhos... todos, sem exceção, estão sendo massacrados diariamente pela mente egoica do ser humano.

Cães e gatos são produzidos e vendidos como produto. Com preços altos ou não. Não importa o quanto você pensa que ama seu animal de estimação. O fato é que ele foi produzido, exposto e comercializado como um produto qualquer. E em muitas ocasiões foi escolhido por uma aparência física, como um acessório de moda, um ícone de status, um desejo por possuir algo. Isso não é amor. Isso é desrespeito.

Aves e peixes são mantidos aprisionados para servirem como pet de estimação. Não importa o quão limpos estejam a gaiola ou o aquário, quantos brinquedinhos tenham lá dentro, quão cara é a ração que você oferece. Isso é apenas uma prisão de luxo. Mas ainda prisão. Isso também não é amor. É egoísmo.  

Os animais sem raça definida são na grande maioria das vezes ignorados, descartados, abandonados.  

Vacas, galinhas, porcos e peixes são criados em linha de produção. Não se respeitando suas necessidades de convívio em grupo, seus ciclos biológicos, sua liberdade, seus sentimentos. Têm suas vidas reduzidas, muitas vezes sobrevivendo sob verdadeiro regime de tortura, tudo para servirem de alimento, ou virarem produtos para vestiário e acessórios fúteis.   

Cavalos, burros, mulas, jumentos, todos animais de carga e tração. São utilizados até a exaustão, lhes sendo negados descanso e tratamento adequado. E quando envelhecem são deixados de lado, trocados por um mais jovem ou por veículo convencional.

Animais silvestres e exóticos são mantidos em cativeiro com o pretexto de serem estudados e se reproduzirem. Mas são expostos ao público, que muitas vezes os irritam, perturbam, os expõem ao ridículo, obrigando-os a realizarem truques, saltos em piscinas minúsculas quando comparadas à imensidão de um oceano. E pura e simplesmente para entretenimento. Diversão. Lazer. Esses indivíduos acabam por manifestar inúmeras alterações de comportamento. Automutilação por stress de cativeiro. Agressividade. Apatia. Depressão. Transtorno obsessivo compulsivo.

E como o que estamos fazendo com eles afeta nossa espiritualidade? Como altera a energia do planeta?  

O sopro da vida nos foi oferecido pelo Todo.

Respeitar o sopro da vida é fundamental para alcançarmos a espiritualidade. E respeitar não apenas o nosso, mas o de todos.

O sofrimento coletivo, quer seja humano, dos animais ou da natureza não é compatível com a Luz. Com o Amor Incondicional. Com o Todo.   

O sofrimento coletivo gera cargas energéticas fortíssimas, alterando campos magnéticos, trazendo desequilíbrio, desarmonia, nos afastando da união com a Totalidade.

O que fazer para tentar amenizar todo esse sofrimento coletivo dos animais?  Existe uma forma simples? Algo que se possa fazer no dia a dia?  Algo que esteja ao alcance de todos?

São inúmeras as formas, mas para simplificar três. Respeitar. Amar incondicionalmente. Ajudar.

Respeitar a todos os animais do planeta. Como fazer isso? Procurando usar cada vez menos produtos de origem animal. Lã, couro, pelos, peles. Consumir cada vez menos, ou não consumir, produtos de origem animal. Carne e seus derivados. Leite e demais laticínios. Ovos. Mel. Procurar produtos de beleza, higiene e limpeza que não testem em animais. Não visitar circos com animais, zoológicos e parques aquáticos. Não comprar animais de pessoas que você saiba que os reproduz com fins comerciais. Não comprar animais em pet shops. Não comprar animais silvestres em estradas. Não realizar passeios em carroças e jarretes para turistas.

Amar incondicionalmente. Não adotar um animal pela sua aparência. Não ter um animal de estimação que você necessite aprisioná-lo em uma gaiola ou aquário. Entender que pombos e ratos não têm culpa por terem se transformado em pragas urbanas por nossa incompetência em administrar a poluição e lixo gerados por nós em grandes centros.  Entender que não se pode amar uma ou duas espécies e comer outras. Amar a todos da mesma forma como se ama o seu animal de estimação.

Ajudar. Apoiar causas em prol do bem estar animal. Fazer doações para entidades idôneas que cuidem de animais abandonados. Adotar animais de centros de controle de zoonoses  ou de protetores que os resgatem das ruas. Comprar produtos de ONGs. Divulgar o bem estar animal de forma plácida e constante.

No final, o grande beneficiado será sempre nós mesmos. Alimentação mais saudável. Consciência em paz por não estimular sofrimento algum. Controle de um consumismo desnecessário. E a alegria de poder ajudar de alguma forma.  


Texto de Dra. Maria José S. Freitas
Médica Veterinária e mãe de 113 filhos
Fonte: http://www.aschavesdenefertiti.com.br/irmos-animais


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Se você chegou até o final do seu texto, parabéns e muito obrigada! Os animais, que não têm voz, agradecem! Se quiser ir além, sugiro fortemente que você assista ao vídeo abaixo até o fim, sem desviar o olhar. Daí, tome a atitude ou não de ser vegano. Mas o importante é que agora você está bem informado!