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domingo, 26 de novembro de 2017

Essa tal de Transição...


Mas o que é essa tal de transição?

Todos vivemos em transição em algum momento das nossas vidas. Ou uma transição de trabalho, uma mudança de cidade, de alimentação ou de estilo de vida. A transição pode ser interna ou externa.

Nosso planeta também passa por mudanças e acho que muita gente consegue perceber que algo está acontecendo. Chegamos em um ponto onde há muita falta de cooperação entre as pessoas, uma corrida louca pelo dinheiro, além das mudanças climáticas que vemos diariamente, seja em forma de chuva torrencial, tornados, calor excessivo etc. E às vezes nos pegamos sem saber o que fazer diante de tudo isso. Às vezes, parece que não há solução.

O movimento das Cidades em Transição, ou Transition Towns (sim, existe um movimento com esse nome!), oferece uma metodologia para que as próprias comunidades se fortaleçam e criem as soluções para seus principais entraves, sempre de olho na sustentabilidade. Esse movimento foi criado pelo inglês Rob Hopkins com o objetivo de transformar as cidades em modelos sustentáveis, menos dependentes do petróleo, mais integradas à natureza e mais resistentes a crises externas, tanto econômicas como ecológicas. Hoje, o movimento se faz presente em 14 países do mundo, com mais de 321 iniciativas oficiais de Transição (em cidades, bairros e até ilhas) e 227 iniciativas em formação.

A metodologia do movimento se fundamenta basicamente em seis princípios:
● Visão – Criação de visões positivas do futuro que podem mobilizar a comunidade;
● Inclusão – Desenvolvimento de diálogo com toda a comunidade;
● Tomada de consciência – Desenvolvimento de conhecimento a respeito das questões e particularidades da própria comunidade;
● Resiliência – Construção de comunidades resilientes, que estejam preparadas para enfrentar choques e mudanças;
● Envolvimento emocional e afetivo – Apoio às pessoas na superação do senso de impotência para a mudança e isolamento;
● Criação de soluções críveis e adequadas – Desenvolvimento de soluções que sejam factíveis e propostas pela própria comunidade.
O movimento acredita que não existe um modelo único de transição, e que as respostas para resolver os problemas do mundo residem na inteligência coletiva local pensando global. A ideia é que cada sociedade use a criatividade para fazer a mudança. Para as grandes cidades, uma alternativa é fazer a transição pelos bairros, fortalecendo o comércio regional.
Além de eu me enxergar fazendo parte desse movimento, vejo que há iniciativas no momento na minha cidade, Duartina, que também se enquadram nessa transição.
Quem estiver interessado em saber mais sobre essa transição e se preparar melhor para ela a fim de colocá-la em prática na vida e em sua comunidade, pode participar de um treinamento, realizado pela equipe do movimento no Brasil. Saiba mais aqui.

Fontes: aqui, aqui e aqui.

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