Páginas

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

SOBRE O NOSSO EGOÍSMO DE CADA DIA E BRUMADINHO


O que aconteceu em Brumadinho se resume a duas palavras, e a segunda é um braço da primeira:
EGOÍSMO e GANÂNCIA.

Ganância de dirigentes de uma empresa que fatura bilhões de reais por ano e, ainda assim, para continuar faturando cada vez mais, passa por cima de tudo e de todos, para satisfazer os seus desejos de mais dinheiro e coisas materiais. É o egoísmo do homem matando pessoas, animais, plantas, destruindo vidas, famílias, o meio ambiente e tudo o que vê pela frente.

Mas será que, no nosso dia a dia (e eu me incluo, pois, apesar de buscar melhorar e evoluir a cada dia, sou um ser cheio de falhas), não somos como esses homens egoístas colocando os nossos desejos na frente de tudo, sem pensar no que estamos causando às outras pessoas, sejam elas quem forem, amigo, parente, vizinho, inimigo, desconhecido?

Será que quando alguém por engano dá o troco a mais pra gente, quando compramos algo, avisamos e devolvemos o dinheiro?

Será que quando saímos pra comer e o garçom esquece de anotar aquele sanduíche, aquela água, aquele chope, e nós percebemos, na hora de pagar a conta, a gente avisa e paga por tudo o que consumiu?

Será que não usamos a frase “Não tenho dinheiro” constantemente na nossa vida pras outras pessoas, e até quando devemos dinheiro a elas, mas, assim que aparece uma oportunidade de comprarmos para nós uma pizza, um celular novo, uma bicicleta, um carro, fazer aquela viagem, qualquer coisa, o dinheiro aparece magicamente nas nossas mãos?

Todos esses são exemplos de como também somos egoístas nas nossas vidas, assim como os dirigentes da Vale e os responsáveis por fiscalizar esse tipo de empresa e serviço.

Quando queremos satisfazer os nossos desejos, fazemos o que queremos, mesmo que isso prejudique de alguma forma outras pessoas, famílias, comunidades, cidades, animais, árvores, o lugar onde vivemos, nosso planeta. Pensamos em nós em primeiro lugar. Somos egoístas e gananciosos. Queremos garantir sempre o nosso primeiro.

Que tal a gente repensar cada segundo do nosso dia para analisar se aquela nossa atitude não está prejudicando alguém ou algo?

No dia em que formos capazes de fazer isso nas “pequenas coisas” do nosso dia a dia, de não deixar nossa “necessidade” constante de satisfazer nosso consumo, pequenos desejos, prazeres fugazes, eventos como o de Brumadinho, o de Abadiânia (para citar outro caso que tem a ver com a satisfação de desejos que prejudica centenas de pessoas) e diversos outros, acontecerão menos até o dia em que não acontecerão mais.

Em vez de apontar o dedo e colocar a culpa no outro, vamos refletir sobre qual é a parte que nos cabe nisso tudo. O que estamos fazendo para perpetuar esse modo de vida ou mudá-lo?

O mundo será diferente quando nós formos diferentes. Vamos perseguir o ensinamento que Gandhi nos deixou: Sejamos a mudança que desejamos ver no mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente com respeito e educação!
Comentários desrespeitosos não serão publicados. ;-)